quarta-feira, 8 de outubro de 2008

!!! Momento "cultura medicinal" !!!!

Quero falar, ou melhor, informá-los sobre um tipo de doença cardíaca que descobri em 2007 após fazer o "famoso" ecocardiograma. Como diz o meu cardiologista - isso é um "defeito de fábrica". Vale ressaltar que eu sou o que eles chamam de "assintomático", ou seja, tenho esse "negócio" e não sinto nada, melhor assim. VIDA NORMAL, só fui proibido de competir em provas longas, tipo maratona e meia. De resto, o negócio é "SOLTAR A BORRACHA", como diz meu amigo Lú. Continuo treinando, E MUITO, sem dó do "couro", com autorização médica, é claro.

O PROLAPSO DE VÁLVULA MITRAL (PVM) é caracterizado como uma anormalidade cardíaca comum congênita (adquiridas antes do nascimento ou até mesmo depois do mesmo, no primeiro mês de vida). Consiste no "fechamento" errado da valva mitral, gerando um escape. Tal anomalia afeta de 5 a 10% da população mundial. Geralmente, os sintomas variam de leves tonturas e dores no coração até desmaios.

No caso da válvula mitral normal há dois finos folhetos localizados entre o átrio esquerdo (AE) e o ventrículo esquerdo (VE). Estes folhetos estão ligados à parede interna do VE por uma série de feixes chamados de cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos da válvula mitral se ajustam perfeitamente, prevenindo o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. É em relação a esta linha que se dá a ocorrência de prolapso mitral, sempre que os folhetos da válvula funcionam acima dela pelo seu lado atrial, pois o movimento normal de fechamento dos folhetos ocorre abaixo deste limite, pelo seu lado ventricular. Ou seja, os folhetos ou os músculos papilares e suas cordoalhas são demasiadamente longos, ocorrendo também um aumento do anel valvular.

Causas do prolapso da válvula mitral
O PVM tem, na maioria das pessoas, causa desconhecida; mas em outros parece ser geneticamente determinada por uma alteração do tecido conjuntivo. Uma redução na produção do colágeno tipo III é outro fator identificado; pois através da microscopia eletrônica tem sido demonstrada fragmentação das fibras colágenos. O PVM pode estar associado a deformidades esqueléticas (tórax e coluna vertebral) e já foi descrita a acentuação do arco palatino neste tipo de pacientes; bem como pode ocorrer como seqüela de febre reumática.

Sintomas mais comuns
Muitos pacientes são totalmente assintomáticos (MEU CASO), enquanto outros podem apresentar inúmeros sintomas. As queixas mais comuns são as palpitações e a síncope (devidas a distúrbios do ritmo cardíaco), dor de cabeça (cefaléia), dor torácica, falta de ar e fadiga, sendo esta última a mais comum. Os portadores de PVM podem concomitantemente apresentar disfunção do sistema nervoso autônomo e o quadro pode se associar ao Transtorno do Pânico, à Ansiedade e à Depressão. A dor torácica é diferente da apresentada em outra doença coronariana, pois raramente ocorre durante ou após o exercício e não responde ao uso de nitratos.

Tratamento
Para o cardiologista José Ângelo Bezerra da Silva "em muitos casos os sintomas são poucos ou inexistentes, não exigem tratamento e não há também restrições à atividade física". No entanto, a hospitalização pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento dos sintomas mais evidentes e fortes. A presença de regurgitação mitral (RM) pode levar a hipertrofia ou dilatação do coração (o músculo cardíaco necessita desenvolver maior força contrátil com a piora progressiva da RM, já que parte do sangue reflui para o átrio esquerdo) e a ritmos anormais. Como conseqüência, os pacientes portadores de PVM com RM devem ser avaliados semestralmente ou anualmente.Como a infecção da válvula ou endocardite é cerca de 3 a 8 vezes mais freqüente nos portadores de PVM com RM do que na população em geral, podendo tornar-se uma séria complicação, e por este motivo deve ser feita profilaxia com antibióticos, sempre orientada pelo médico. Entre eles, inclui-se o tratamento odontológico rotineiro como limpeza dos dentes, as pequenas cirurgias e os procedimentos que podem traumatizar tecidos do corpo como exames de colonoscopia, ginecológicos e urológicos. Os antibióticos mais utilizados na profilaxia são a amoxicilina e eritromicina por via oral, bem como a ampicilina, a gentamicina por via parenteral. O reparo cirúrgico da válvula ou sua troca melhoram os sintomas. A cirurgia pode ser necessária quando há disfunção ventricular, sintomas fortes ou se as condições do paciente evoluem para deterioração. No tratamento de pacientes com insuficiência mitral (IMi) grave continua sendo importante a escolha do momento mais adequado para a intervenção operatória. Isto é particularmente verdade em pacientes com IMi grave não isquêmica, condição que hoje nos EUA deve-se mais freqüentemente ao prolapso da válvula mitral, quase sempre acompanhado de "desabamento" dos folhetos da valva mitral.

Recomendações
Varia na dependência das condições concomitantes ao PVM. Possui curso geralmente benigno e sem sintomas. Quando sintomático é controlado pelo uso de medicamentos e, nos casos mais graves, por cirurgia valvular; cada vez mais precoce hoje em dia, é indicada evitando-se assim as complicações. Os pacientes identificados como portadores de PVM devem ser monitorados regularmente por um médico.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, meu nome é Juliana tb sou atleta e jogo voleibol, descobri que tb tenho PVM, pois tive várias sequencias de arritmias, mas graças a DEus ainda posso continuar jogando!! Que Deus abençoe cada dia mais sua vida!! Um grande abraço!

Millena Marinho disse...

oi, meu nome é Millena.. não sou atleta, mas faço academia !
Tenho PVM tbm..mas tenho vários sintomas; Tenho falta de ar, fadiga e ando sentido dores do lado esquerdo ! .. mas meu médico cardiologista falou q é normal..só passou um medicamento natural mesmo.. Mas eu tbm sou muito ansiosa e posso possuir SÍNDROME DO PÂNICO !! e o q mais me incomoda é a falta de ar ¬¬' .. Beijoss.