36ª Prova Rústica Tiradentes - a corrida

Garra, determinação, superação, vontade de vencer, somados a uma aglomeração de cerca de 3500 atletas dividindo o mesmo espaço (nem a lei da física explica isso), sol lindo, céu de brigadeiro, 30 graus de temperatura, baixíssima umidade do ar, 60% do percurso feito em subidas de diversos "sabores", outros 40% do percurso com descidas e retas, acrescente também a FANTÁSTICA população maringaense que sai às ruas, em um número significativo para gritar, estimular e empurrar cada atleta durante os 10 km do trajeto. Junte todos esses ingredientes e temos uma das maiores corridas de rua do Brasil, a PROVA RÚSTICA TIRADENTES que chega em sua 36ª edição cada vez mais consolidada. Não tem como ficar inerte à todas essas sensações. Realmente ela é muito especial e desafiadora. Amadores e profissionais sentem "aquele" "friozinho" ou "friozão" na barriga. O dia insiste em não passar, parece que dá 20:00 h, mas não chega o horário da largada, 16:55 h (mulheres) e 17:00 h (homens). Cada um se vira como pode, ouve música, dorme, grita, pula, sei lá, o negócio é evitar o excesso de ansiedade. Quem melhor dosa isso tudo, sofre menos. Ao final da contagem refressiva vem o "tiro", aí é aquele "perereco", o negócio é se virar como dá, torcer pra não ser atropelado e cair, acotovelar e ser acotovelado até chegarmos ao Parque do Ingá, onde está um pouco mais calmo e o rítimo pode ser desenvolvido de maneira mais consistente. Já no Km 2 começa a subida que vai até o Km 5, depois um refresco até o começo do Km 7, novamente, subidas até o final. Nessa brincadeira toda, quem se deu bem e fechou CAMPEÃO no masculino, foi o atleta PAULO ALVES DOS SANTOS, com o tempo de 30:01 min., que ganhou a posição faltando uns 50 mts pra o fim, num sprint fantástico e no feminino, sem susto, a vencedora foi a etíope ZELALEM BEKELE ABEBE, com o tempo de 34:52. Foi muito bom rever os amigos e conhecer outros, como o Claudemir "Tutta" de Ubiratã - faz tempo que a gente se fala via "net" - finalmente nos abraçamos (veja foto acima). Gostei da minha prova, nada de excepcional, mas superei o "trauma" da última corrida, há exatos 30 dias antes, em Apucarana, onde não me senti bem e tive que parar. Tem coisas que são impressionantes: a gente pode correr 100 provas, cada uma melhor que a outra, é só dar "zebra" uma vez e pronto, dá a impressão de que tudo foi jogado pelo ralo - E ISSO NÃO É UMA VERDADE ABSOLUTA. Mesmo não me sentindo 100% bem fisicamente (até na hora, eu não estava entendo muito bem o que estava acontecendo), e agora eu posso afirmar, sem medo de errar, que estava sentindo os primeiros sintomas de gripe (alérgica), consegui concluir mais uma competição complicada, fechei em 53º geral - 9º M3539 - tempo líquido de 35:40 min. Os amigos deram muita força nos treinos e Deus, deu o principal - a VIDA pra ser vivida intensamente cada segundo, na alegria ou na tristeza, na doença ou na saúde, por isso que devemos tudo à Ele. Vida esta, celebrada na tarde quente e sofrida deste dia histórico para o Brasil, dia da morte de Joaquim José da Silva Xavier, ou simplesmente - Tiradentes.

Tão difícil quanto correr esta prova, é buscar os melhores ângulos para tirar as fotos, estando no meio da multidão e com a câmera "meia-boca". Por isso, meu agradecimento especial à Cleide Rodrigues "Dona Patroa", que se empenhou o máximo possível (ainda tinha 3 crianças para cuidar) para registrar alguns momentos desta grande festa. Ela pede desculpas porque várias fotos não ficaram boas, faz parte.

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