sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Longão - Parte 1

Treinos em GRANDES distâncias são FUNDAMENTAIS para atletas de todos os níveis. Para alguns é o paraíso. Para outros, a porta do inferno. Os treinos longos, popularmente conhecidos como “longão”, são amados e odiados pelos atletas. Tudo depende do tipo de prova e condicionamento de cada um. Contudo, há um consenso. É fundamental na preparação de corrida, seja para disputas com percursos curtos, médios ou longos. O longão é essencial porque permite ao organismo adaptar-se ao estresse de suportar mais tempo de atividade, além de preparar o aspecto emocional do corredor.
A chave de sucesso desse trabalho está em manter um ritmo moderado (na faixa de 70% a 75% da F.C. Máx.), aumentar o volume gradualmente (o corpo se adapta aos poucos a correr períodos maiores), não exagerar na quantidade de repetições e respeitar o tempo necessário de recuperação entre os trabalhos. Geralmente, após um longão, é aplicado o treino regenerativo com baixa intensidade. As corridas longas variam tanto na freqüência, como na quilometragem, conforme a meta do praticante e seu nível de condicionamento.

Corredores com maior habilidade de velocidade e aptidão para as provas curtas, geralmente, sofrem mais com o longão. Lutam, a cada quilômetro, com a vontade de imprimir um ritmo mais veloz. Por outro lado, atletas que preferem disputas de resistência, se identificam mais facilmente. Profissionais de Educação Física especializados em treinamento afirmam que qualquer indivíduo pode se adaptar se seguir as orientações corretas e não transformar o trabalho em uma competição. Nada de apostar corrida no longão, consigo mesmo ou com um companheiro.
“O atleta que busca competitividade tem uma certa preferência pelo longo, pois tem o pensamento errôneo de que quanto mais se corre, melhor será o resultado. Os amadores sentem bastante, pois é uma adaptação difícil com relação ao gasto energético, impacto, e alto grau de esforço. Contudo, depois que o corredor se acostumou, a corrida longa se torna confortável e é mais uma parte do treinamento bem aceita”, comenta o técnico Miguel Sarkis.

Autora: Renata Rondini - Matéria publicada originalmente na Revista SuperAção (Ed. 22)

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